14 de ago. de 2016

Tenho sede

    É sede de conhecimento, de reconhecimento, de autoconhecimento. É água que desaba, entra, afunda, afoga. São braços que se agitam desesperados, tentando agarrar tudo a um só instante, contra o peso do infinito. É rebuliço incontrolável, angústia inquietante, impotência diante do magnânimo. É a secura de um sertão inundado, de possibilidades inexploradas, de desperdício temporal. São incontáveis futuros não materializados, potencialidades revogadas pela inércia.